Que Papo de 1970?

"Nossa, mas que papo 1970 é esse?"

Li certo texto a pouco onde o autor usou essa expressão e me chamou muita atenção, 

Para quem estudou a Língua Portuguesa de maneira mais séria, consegue perceber nesta frase, um tom de ironia, mostrando que no passado não tão distante, acontecesse algo, me desculpem a expressão, ridículo, ao ponto de ser necessariamente desprezado por nós, jovens de hoje.

Não consigo entender, de verdade, o porquê de tal ironia. 

Aliás, consigo sim. Consigo, porque conforme vão passando os anos, mais as pessoas são ensinadas a respeito do "cada um por si", onde um casamento não deu certo "separa"; onde um filho veio num momento não esperado "aborta!"; onde quando a jovem diz em casar: "para que isso? É bobagem!". e um jovem quer dar passos para uma vida melhor numa faculdade, "não se preocupe com isso. Viva a vida! Ainda tem tempo".

Me desculpe, mas o que acontece hoje é que a juventude está como mortos, ou numa espécie de anestesia geral, onde todos são obrigados a seguir o mesmo caminho de não cumprir com nenhum compromisso, seja com família, seja com relacionamento, seja com religião, seja com futuro.

1970?

Sem dúvida eu preferiria, do que estes nossos dias. Preferiria para não ter que escutar músicas sem qualquer tipo de respeito à pessoa, a vida, a comunhão entre as mesmas. Preferiria para não escutar a "idolatria da depressão", que é esse tal de "sertanejo sofrência", onde as músicas só mostram adultério, relacionamentos frustrados, bebidas, menosprezo e abandono por causa de alguém. Tudo isso para mostrar que você deve viver por si só. Não precisa de ninguém. 

Preferiria, do que escutar certos funks, que são verdadeiras músicas pornográficas ou então verdadeiros marketin pro crime de pras drogas.

Apenas alguns dados: 

de 1980 até ano passado, o índice de homicídio CRESCEU no Brasil 124%.

O número de suicidios, CRESCEU cerca de 60%.  

Cerca de 54% dos casamentos terminam em menos de 10 anos e 32% em menos de 5%.

Será que algum de nós já parou para pensar em números tão alarmantes que são escondidos pela mídia?

A proposta daquilo que chamamos "secularismo" é afastar Deus de tudo, pois confiar no poder de um ser divino é algo do passado, como se Deus tivesse ficado fora de moda.

E não se percebe que ao deixar Deus para trás, em um lugar onde Ele não possa alterar nada em nossa sociedade, ou nossa vida, estamos deixando também com Ele, os bons modos, os bons relacionamentos, o amor e a misericórdia, a compaixão e a bondade, a exortação que nos edifica e a necessidade de se humilhar quando for preciso para reconhecer que está errado. 

Estamos deixando para trás que um precisa do outro e que juntos podemos formar a tão sonhada "Civilização do amor" propagada por São João Paulo II e pelo beato Paulo VI, pois é a comunhão do Espirito Santo que pode realizar isso em nós.

Retornemos ao início, as origens, ao braço de Deus e aos seus ensinamentos, para que as coisas voltem para os seus lugares. Voltemos, não para 1970, mas para o Coração Sacratíssimo de Jesus, lugar de justiça e misericórdia, lugar de compaixão e exortação, lugar de força, lugar de onde nunca deveríamos ter saído. Uma só alma, um só coração....

Deus abençoe,

Wesley Abreu